Sunday, April 22, 2007

Resenha Crítica

“ O guarani”, foi escrito por José de Alencar em 1857. Mas se prestarmos atenção a narrativa dele, veremos que os acontecimentos tratados e os assuntos discutidos estão em voga no nosso país, depois de dois séculos.
Um exemplo, é a importância da preservação do espaço e da cultura indígena – dia dezenove último foi comemorado o dia do índio no Brasil. Há algo a celebrar?

Desde aquele século se falava na preservação do costumes indígenas, até por que, eles são os primeiros moradores desta terra e graças a eles, muito de nossa mata atlântica, ainda não foi destruída. Isso se deve ao respeito deles pela natureza, que preservam nossa fauna e flora, são ele,s e não pesquisadores, muitas vezes estrangeiros aproveitadores. Mas os índios, continuam sendo descriminados e seu conhecimento sendo rebaixado para algo irrelevante.

No século dezenove o número de índios já era pequeno em relação ao que havia no “descobrimento” , e hoje fica por volta de 400 mil indígenas espalhados pelo território. É um número muito abaixo para os verdadeiros donos de nossa terra. E então a dois séculos atrás, quando não se dava importância para isso, José de Alencar escreve um livro que começa a dar cara para o povo brasileiro. Com o passar dos anos, as outras culturas vão se agregando, e portanto,. fica compreendido o seguinte : o povo brasileiro é constituído de uma miscelânea de raças e costumes. E o precursor de tudo isso foi Cazuza, isso mesmo, o apelido de José de Alencar era esse, era chamado assim na sua infância.

Hoje já é sabido por todos,e ensinado nas escolas o importante papel do povo indígena, todavia, eles ainda correm risco de extinção, por causa da desertificação das matas – muitas terras pertencem a eles por direito, mas fazendeiros as tomam para plantações – e a solução tomada por eles foi uma abertura para receber ensinamentos do “ homem branco” , pois necessitam comunicar-se com o mundo para sua auto-preservação. E com isso eles acabam perdendo muito, pois acabam esquecendo sua língua e ritos, e muitos acabam inseridos no mundo deixando sua essência morrer em troca da sobrevivência.

" Sob nova direção"

Marítimo Futebol Clube tem nova diretoria em 2007

A nova diretoria do Marítimo Futebol Clube, tomou posse no final de janeiro deste ano.
O novo presidente , João Manuel Costa Mota, promete mais um ano de sucesso tanto no time de futebol – campeão do ano passado na categoria titulares- quanto nas atividades festivas do clube.

João Manuel , terá um mandato de um ano, ele foi escolhido pelo conselho do clube, o qual fazem parte os ex- presidentes. O novo presidente é um dos fundadores do clube, e além de presidente exerce a função de pescador a quarenta e quatro anos e tem um salão Motta, onde corta o cabelo de seus clientes.

Uma das primeiras medidas adotadas pelo presidente Manuel, foi a revisão das contas do clube, que segundo ele terminou com prejuízo. Esta dívida foi deixada pela última gestão. As atividades andam paradas no marítimo devido ao envolvimento da colônia com a pesca. Os bailes estão acontecendo duas vezes por mês e está nos planos da diretoria uma reforma da sede do clube na parte interna, para uma melhor recepção da comunidade.

Escritor pelotense quer publicar nas grandes editoras

“ Espião das almas”, “Sob olhar benevolente do pai”, “ A revolta dos agachados”, e “Amáveis inimigos íntimos”. Todos estes livros foram escritos pelo jornalista e escritor pelotense,Luis Carlos Freitas de 51 anos. Ele deseja publicar nas editoras do centro do país.

Fazem dez anos que Freitas vem publicando seus livros. Seu primeiro livro , “ Espião das Almas”, é uma compilação de crônicas escritas por ele na época em que trabalhava no Diário Popular. Já os outros três, têm por tema central, o enfoque das dificuldades que atordoam o cotidiano das pessoas.

Poe enquanto, sua obra teve uma boa repercussão na cidade.Mas ele almeja algo mais. Seu sonho é ter um dia, uma de suas obras publicadas no centro do país, entretanto,vem ganhando muitos “ não” como resposta. “ Os editores só publicam autores conhecidos, que tragam retorno financeiro garantido”, desabafa Freitas. Ele pensa que com esse monopólio acaba dificultando o surgimento de novos escritores.

Diante dessas dificuldades, Luís Carlos não esmorece. Para o segundo semestre, ele pretende editar seu quinto livro : “ Odeio muito tudo isso”. Este livro tem por tema central, a vida de um jovem de dezessete anos, que vê sua vida dar uma reviravolta,com a chegada das responsabilidades. “ neste livro mergulhei profundamente na alma da juventude moderna e tento dar uma luz para a nossa juventude” , disse o entusiasmado Freitas.

Resenha Crítica

O livro “Encontro Marcado” deixa uma boa impressão no leitor e nos ensina muito. Já em sua septuagésima edição -lançado pela editora Record- mantém o mesmo conteúdo do original, lançado na década de cinqüenta.
O autor Fernando Sabino, falecido em dois mil e quatro, usou experiências vividas por ele para a narrativa da obra. Essa narrativa , conta a história de Eduardo – personagem principal. Eduardo aparece na trama em três fases: criança, jovem e adulto. Na fase infantil de Eduardo, ele não sabe ainda o que será da vida, mas ele se destaca dos demais por escrever bem, graças a paixão por leitura. Chega a ganhar um prêmio de literatura, devido a um conto escrito por ele. O tempo vai passando e ao entrar na adolescência, começa a tornar-se um exímio nadador colegial , batendo recordes que demorarão muitos anos para serem batidos - o escritor faz menção neste caso a sua vida real, sendo que Fernando Sabino foi nadador na juventude.Aos dezessete anos entra em um jornal da cidade como jornalista, profissão que seguirá pelo resto da vida. Casa-se com Antônia, filha de um ministro da república e grande paixão de sua vida. O livro é auto-biográfico, misturado a ficção, o que desperta uma curiosidade no leitor por se tratar da vida real de Fernando Sabino, entretanto, chega-se ao final e não se sabe ao certo o que Eduardo espera da vida, pois sua vida está em constante mutação, e ele nunca está satisfeito com o que tem, jogando fora uma vida que poderia ter sido brilhante. Em suma, o livro ensina-nos a olhar à vida e dar valor ao que temos, porque se nós colocarmos as nossa expectativas nos outros, muitas vezes, deixaremos de vivenciar aquilo que está ao nosso alcance.

Andrey Frio

Nelson Prestes:artista do povo

“... quem pode mais chora menos/ nem sempre/quem planta come o que semeia/ a calçada que o homem mija/o menino dorme pede socorro ao lado do cachorro ao invés da mãe...”
A rua Francisco Lima, na Balsa,número 205, é o reduto de Nelson Prestes, artista do povo. Seu sorriso largo e olhar singelo, é um anúncio de boas-vindas. Nelson, a que me referi no primeiro momento como senhor, e ele me corrigindo: “Senhor está no céu”. Não se considera músico, segundo ele, “músico é quem lê partitura, notas musicais”. Nelson é autodidata, aprendeu a tocar violão de ouvido,instrumento, o qual,diz “tocar o suficiente”.O primeiro contato com a música, foi na infância, quando sua mãe o levava para assistir os blocos de carnaval em Pelotas.Um dos que mais gostava era o saudoso bloco “Girafa da Cerquinha”.Depois algo
Começou a tocar na adolescência com seu irmão João Carlos, irmão de apelido peculiar “Espeto”, devido ao excesso de peso. No princípio tocava muita serenata, tempo em que os seresteiros iam tocar nas casas, e saíam de mansinho com uma galinha embaixo do braço para ter o que comer no dia seguinte.Nelson não gosta de ser chamado de músico, gosta de ser chamado de compositor. Suas composições tratam de vários temas, desde músicas que falam de amor, até músicas de cunho social. Para ele não há uma forma metódica de composição, a música é um estado de espírito. Vários estilos musicais são utilizados no seu trabalho, depende da composição, ele diz que a letra já vem acompanhado do estilo musical.Nelson compõe reagges, sambas,bossa-nova, entre outros estilos, fazendo dele um artista múltilpo. Uma das primeiras apresentações foram na década de setenta no antigo festival da Rádio RU.Festival o qual Nelson conheceu muitos músicos da cidade de Pelotas.Alguns desses conhecidos foram os músicos, hoje nacionalmente conhecidos, Kleiton e Kledir.Sua mulher e sua filha também são temas de suas composições.Diversos assuntos entre eu, e ele, foram analisados,embalados por um chimarrão que nos esquentou naquela manhã fria. Eu ficava escutando e ouvindo Nelson me dar uma aula de história do samba. Na opinião dele, hoje em dia, as músicas são feitas para vender.Nelson fala sobre isso com propriedade, pois não tem nenhum cd gravado, a não ser uma fita, na qual grava suas composições para não esquecer.Para ele apresentar-se então, só através de convite.
Mas encontrà-lo não é difícil, semanalmente um pessoal reúne-se na casa dele para fazer uma roda de samba.E em setembro fará uma apresentação no IAD no projeto “Valorizando Talentos”. Nelson é um artista popular, onde você ao enxergà-lo pela primeira vez, por mais que estejas mal, o sorriso dele o seu modo como trata as pessoas fazem dele um artista de grande valor.Nós enxergamos nossos sentimentos e nossa realidade ao conhecermos o trabalho de Nelson. Ele pode até ser desconhecido para muitos,mas isso só acontece porque nós devemos parar de olhar o nosso umbigo e abrir os nossos olhos para o que a vida tem de bonito.E um exemplo disso, é o trabalho de Nelson Prestes “artista do povo” .